Angola e Moçambique acusados de violar sanções à Coreia do Norte - Soundnews1
Angola e Moçambique acusados de violar sanções à Coreia do Norte
ONU investiga compra de armas por Moçambique e actividade de companhia norte-coreana em Luanda. No dia em que o Conselho de Segurança da ONU está a analisar novas sanções contra a Coreia do Norte, foi revelado que a organização está a investigar violações de anteriores sanções por países como Moçambique e Angola. Segundo o relatório, uma empresa norte-coreana que se especializa na venda de armas, a Green Pine Corporation, está sediada em Angola. A empresa é alvo de sanções da ONU desde 2012. Um dirigente dessa organização está baseado em Angola com visto diplomático e segundo o documento da ONU esse dirigente "é o representante da Green Pine Corporation, responsável pela remodelação dos navios da República Democrática Popular da Coreia que violou as resoluções" internacionais. Os representantes norte-coreanos viajaram entre Angola e o Sri Lanka numa tentativa de venda de navios militares que contudo não teve sucesso, diz o documento. Em Angola a ONU está também a investigar o treino da Guarda Presidencial e de outras unidades não especificadas por militares norte-coreanos. Angola não respondeu às perguntas sobre estas questões colocadas pela ONU. No que diz respeito a Moçambique, o documento diz que este país também não respondeu a perguntas sobre o seu envolvimento na violação das sanções. No caso de Moçambique alega-se que a companhia norte-coreana Haegeumgant Trading Corporation envolveu-se em negociações para a venda de armas com a empresa moçambicana Monte Bingo. A Monte Bingo é a companhia que detém 50% das acções na ProIndicus, a empresa envolvida no escândalo das dívidas ocultas. Segundo o documento da ONU as investigações estão centradas na venda a Moçambique de mísseis portáteis terra-ar, sistemas de defesa anti-aéreos, outro tipo de mísseis terra-ar e um sistema de radar. "Moçambique ainda não forneceu uma resposta substantiva ao inquérito deste painel”, diz o relatório que acrescenta que dois países membros da ONU "declararam que a Haegeumgang está activa em Moçambique". "Um Estado-membro especificou que a Haegeumgang forneceu o mesmo tipo de mísseis superfície-ar a Moçambique e à Tanzânia", lê-se no relatório.
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